MAR ADENTRO
Só agora tive oportunidade de ver este filme de Alexandro Amenábar. Recomendo vivamente, porque é daqueles filmes que no fim nos deixa a pensar, toca um assunto muito sensível, difícil, actual...e que faz cair aquela lágrima de comoção. A minha opinião é a mesma que a de Ramón: "Viver é um direito, não uma obrigação", mas não consigo precisar qual seria a minha decisão e a minha vontade numa situação semelhante à sua ou à de Júlia, ou à de Maggie Fitzgerald (MILLION DOLLAR BABY). Será que não vale a pena viver se não nos podemos mover (caso do filme)? Será que não há outras formas de compensar esta perda de movimento? E no caso de a pessoa em questão viver em permanente estado de sofrimento seja ele físico ou psicológico? Será justo que aqueles que nos rodeiam e amam sofram esta perda antecipada? Tantas outras questões me passam pela cabeça, tento imaginar e responder a elas mas não o consigo fazer com segurança...
Acima de tudo, e sem sombra de dúvida, Mar adentro, Million dollar baby e outros filmes baseados nos mesmos temas, são histórias acerca de Amor e de coragem, e provam que o amor existe nas suas mais variadas formas: o amor de Rosa por Ramón, o amor da sua família por ele, o amor paternal de Frankie Dunn por Maggie Fitzgerald, e as acções a que este sentimento leva...
Acima de tudo, e sem sombra de dúvida, Mar adentro, Million dollar baby e outros filmes baseados nos mesmos temas, são histórias acerca de Amor e de coragem, e provam que o amor existe nas suas mais variadas formas: o amor de Rosa por Ramón, o amor da sua família por ele, o amor paternal de Frankie Dunn por Maggie Fitzgerald, e as acções a que este sentimento leva...
3 Comments:
Admito que ainda não tive oportunidade de ver o filme, mas espero fazê-lo brevemente. É sem dúvida um assunto complicado, e mexe com muita coisa. Mas depois de ainda há pouco tempo ter passado por uma situação de sofrimento, em que todos os dias desejava "espero que seja hoje que ele parte", afirmo neste momento com total convicção que sou a favor, e que mesmo que a pessoa em questão não esteja lúcida o suficiente para o pedir não serve de nada prolongar o sofrimento. E para sofrimento dos que os rodeiam já chegam os rituais católicos ridículos que a sociedade impõem (sim, pq funciona muito como uma imposição).
Claro está que quando falo de rituais católicos me refiro a camara ardente, funeral e afins..
Lamento muito mesmo que tenhas passado por essa situação. A vida por vezes prega-nos partidas muito desagradáveis. Mas temos que olhar em frente, cabeça erguida e continuar...
Eu concordo contigo em relação aos rituais católicos. Além do sofrimento de perder um ente querido, ainda temos que ficar não sei quanto tempo a receber pessoas que não sabem o que nos hão-de dizer e como dizê-lo, a velar por não se sabe bem o quê...Mas é o que eu penso.
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