terça-feira, maio 30, 2006

"Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!"



" Depus a máscara e vi-me ao espelho. —
Era a criança de há quantos anos.
Não tinha mudado nada...
É essa a vantagem de saber tirar a máscara.
É-se sempre a criança,
O passado que foi
A criança.
Depus a máscara, e tornei a pô-la.
Assim é melhor,
Assim sem a máscara.
E volto à personalidade como a um términus de linha."

Álvaro de Campos

9 Comments:

Blogger teresa.com said...

somos sempre crianças e todos os anos temos que ser lembrados disso!
foi um bela forma de o fazer ;)

1.6.06  
Anonymous Anónimo said...

Também prefiro as máscaras, eu mesmo a coloco dia após dia. a minha máscara sorridente, para á noitinha a tirar e ficar a olhá-la...

1.6.06  
Blogger Unknown said...

Ui! Que rostos sois vós? De onde aparecesteis, engano atroz? Adornos de anéis, embelezando a alma com cor? Que rostos, meu Deus, são esses esgares, de quais sensações? Nasceram-vos no corpo e depois? É de quando apanhais um par de corações, que jaziam perdidos nos ladris, sem ficar com nenhum dos dois. Pois. Acho que vos gostava mais dantes, quando ereis apenas mascara, sorrindo sempre o mesmo sorriso, que sendo triste ou alegre, é afinal o que vós sois.

2.6.06  
Blogger Unknown said...

Como eu gosto de Pessoa e de alguns dos seus heterónimos... Muito bom post! Realmente lindo

3.6.06  
Blogger CS said...

E quando se é criança mesmo com a máscara? ;)

Beijos, Ritinha!

7.6.06  
Blogger kiko said...

sem máscaras somos autênticos, sem maquilhagens ou meios sorrisos, mas é difícil ser-se criança novamente, apesar de assim, sermos felizes. bj (grande escolha)

11.6.06  
Blogger kiko said...

E, é verdade, grande escolha musical tb...

11.6.06  
Blogger Andreia said...

post excelente.. gostei de te ler

12.6.06  
Blogger PR said...

adeus, então?

14.6.06  

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